Primeiro beijo

Não há começo nem fim, parece que estou sonhando, mas não estou dormindo. No escurinho da rua, ele me puxou, me fez carinho e me beijou. O meu primeiro beijo, fechei os olhos, relaxei, suspirei devagarzinho, abri a minha boca de beijo, meu corpo todo, meu coração. “Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”*

Abri também meus olhos. Queria ver tudo, sentir. Afinal, que coisa é essa de beijos, olhos velados, escuridão? Espiada de olho, fogo aceso da paixão, fechei meus olhos novamente.. Mas deixei, escancarada, boca aberta e coração.

* “Soneto de Fidelidade” Vinicius de Moraes

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