a dor intrínseca

Já faz quase um ano em que não escrevo para você ou sobre você. Talvez eu tenha aprendido a lidar com a sua ida, sua ausência e tenha me despedido completamente de você, tornando meu ser incapaz de notar que a sua vida deixou de fazer parte da minha.

Estaria eu, durante todo esse tempo, apenas afastando toda dor, toda a saudade, como se  nunca sequer tivesse lhe conhecido? Olho para trás e noto que você teve uma parcela significativa em tudo o que me tornei e o que sou hoje, se naquele junho eu não tivesse dado o pontapé inicial e te permitido adentrar meu ser, nossas vidas teriam tomado um rumo completamente distinto e por isso e tantas outras coisas, eu sou e serei eternamente grata por cada experiência, cada ensinamento, cada momento em que você partilhou e fez questão de que eu aprendesse. 

E às vezes doi, sabe? Mesmo depois de tanto tempo, ainda doi aqui no fundo de relembrar todo momento que fora deixado para trás e que hoje já não passa apenas de uma mera lembrança.

(texto em construção apenas como borrão de pensamentos aflitos numa noite gelada)

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